Isabel Ruth

Isabel Ruth, actriz, nasceu em Tomar em Abril de 1940.
Estudou ballet em Lisboa com Ruth Aswin e em 1958 parte para Londres, para se matricular na Royal Ballet School. Dois anos depois, regressa a Portugal e entra no Grupo Experimental de Ballet. Aí obteve vários sucessos como bailarina, sendo de destacar a sua criação em Ritmo Violento (1961), coreografado por Norman Dickson.
Depois de alguma notoriedade como bailarina, experimenta o teatro, e tem a sua estreia em “O Marinheiro” de Fernando Pessoa, peça que pertencia ao espectáculo “Os 25 Anos da Morte de Fernando Pessoa”, em 1961.
Em 1962 estreia-se no cinema em “Os Verdes Anos” de Paulo Rocha. Em 1965, participa em “Domingo à Tarde”, de António Macedo, e em 1966, em “Mudar de Vida”, de Paulo Rocha. Torna-se nesta fase uma das mais importantes actrizes do Cinema Novo nacional.
Em 1967, parte para Itália, onde residiu e frequentou os meios artísticos, tornando-se amiga de Pier Paolo Pasolini e de Bernardo Bertolucci. Foi dirigida por Pasolini em “Oedipo Re” (1967) e por Roberto Faenza em “H2S”(1969).
Regressa a Portugal em 1973, mas só no final da década volta a trabalhar em teatro e cinema, onde reencarna a rainha D. Teresa em “O Bobo” (1987) de José Álvaro Morais.
Presença fetiche na cinematografia de Paulo Rocha, participou em “O Rio do Ouro” (1998), “A Raiz do Coração” (2000) e “Vanitas” (2004) e trabalhou também regularmente com Manoel de Oliveira em “Vale Abraão” (1993), “A Caixa” (1994), “Viagem ao Princípio do Mundo” (1996), “Inquietude” (1998), “O Princípio da Incerteza (2002)” e “Espelho Mágico” (2006).
Foi ainda dirigida por João Botelho (“Conversa Acabada” em 1980, “Tempos Difíceis” 1988), Lauro António, Jorge Cramez, Margarida Gil, Pedro Costa, Catarina Ruivo, entre outros.
Mais recentemente, fazem parte sua cinematografia filmes como “E O tempo Passa” (2011) de Alberto Seixas Santos, “Viagem a Portugal” (2011) de Sérgio Tréfaut”, “A Vingança de Uma Mulher” (2012) de Rita Azevedo Gomes, “Se Eu Fosse Ladrão, Roubava” (2013), de Paulo Rocha, “Treblinka” (2016) e “Raiva” (2018), ambos de Sérgio Tréfaut.