José Manuel Castello Lopes

José Manuel Castello Lopes

José Manuel Castello Lopes foi um dos nomes históricos da distribuição portuguesa, que teve um papel cultural relevante na introdução, distribuição e exibição do bom cinema em Portugal e na luta contra a censura.

Castello Lopes herdou e assumiu os comandos da empresa do pai, a Filmes Castello Lopes, na década de 1950 e fez desta empresa familiar a mais relevante distribuidora cinematográfica em Portugal, representando o cinema da MGM e da Twentieh Century Fox.

Foi o responsável pela exibição em Portugal de filmes como “O Feiticeiro de Oz” (1939) e “E Tudo o Vento Levou” (1939) de Victor Fleming, “Roma, Cidade Aberta” (1945) de Roberto Rossellini, ou “2001 – Odisseia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick. Em 1968, esteve preso durante dois dias nos calabouços da PIDE, a propósito da exibição do filme “O Samurai”, de Jean-Pierre Melville.

Apostou, juntamente com Francisco Pinto Balsemão, Valentim de Carvalho e Paulo Trancoso no cinema via vídeo e na televisão privada. No sector televisivo, José Manuel e Gérard Castello Lopes foram os fundadores do projecto inicial da SIC. Geriu ainda o Cinema Condes e o Cinema Londres, também este fundado com o seu irmão. Presidiu à Associação Portuguesa das Empresas Cinematográficas e teve uma extensa rede de salas de cinema pelo país.
Em 2014, em entrevista ao semanário Expresso Considera o momento mais feliz para o cinema o fim da censura com a revolução de abril de 1974e a adesão maciça de portugueses ao cinema no ano seguinte.
Membro honorário da Academia Portuguesa de Cinema, foi distinguido com um Prémio Sophia de Carreira em 2013.