Finalistas Pitch Me! 2023

Aluísio Leite

 

Aluísio nasceu e foi criado em Miracatu, uma pequena cidade no interior do estado de São Paulo, Brasil. Aos 9 anos, começou a interessar-se por cinema, devorando revistas de cinema e passando o tempo explorando a única videolocadora de sua cidade. Não havia sequer um cinema em Miracatu, e ele gastava todos os trocados que recebia alugando filmes em VHS.

Aos 13 anos, Aluísio assistiu a “Magnolia” (1999) de Paul Thomas Anderson, e a partir desse momento não teve dúvida que queria ser argumentista e realizador.

Aos 18 anos, Aluísio recebeu o seu green card e mudou-se para Burlington, Vermont, nos Estados Unidos. Lá ele podia ir ao cinema quando quisesse, e após receber o seu diploma GED, inscreveu-se na Burlington College e graduou-se em Cinema (bacharelado em Cinema Studies & Film Production), em 2012. Duas semanas após a graduação, Aluísio dirigiu seu velho carro de Vermont até Los Angeles.

Desde então, trabalhou como assistente do argumentista e realizador vencedor do Oscar, Dustin Lance Black (“Milk”), e como script reader e diretor de aquisições para a Orange Entertainment; além de escrever, realizar e produzir as curtas “Bad Poetry, Cheap Beer” (2017) e “Family Portrait” (2021).

Após quase uma década em Los Angeles, Aluísio mudou-se para Lisboa em março de 2022, onde vive atualmente e continua a desenvolver seus projetos.

O seu projeto de longa-metragem “Catnip” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Carlos Pereira

 

Carlos Pereira, 1992, São Tomé e Príncipe. Em Portugal desde 2007, estudou Ciência Política (ISCTE) – politólogo não praticante – e Branding e Publicidade na World Academy. É humorista, argumentista, cronista, e apresentador de televisão.

Como humorista, já atuou em algumas das principais salas do país, assim como em festivais e programas de TV. Em 2020 fez parte da equipa de escrita/humor do programa “5 Para a Meia Noite”, da RTP.

Como argumentista, também para a RTP, escreveu a série “Barman” (2020) igualmente protagonizada por si.

Publicou vários artigos de opinião, no Jornal Público, na plataforma Comunidade Cultura e Arte, e, como cronista, na revista Gerador.

Idealizou e apresentou o talk-show – “Juro que Aconteceu”, RTP África (T1: 2022 – T2: 2023). Apresentou o talk-show “Bem-vindos”, também na RTP África.

Como ator, participou na série “Erro 404” (2024), de Patrícia Sequeira.

Nos anos 2021 e 2022 fez parte da PowerList Bantumen, como uma das 100 personalidades mais influentes da Lusofonia.

O seu projeto de série “Tudo Nosso” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Cleo Diára

 

Cleo Diára nasceu a 2 de Setembro de 1987 na Cidade da Praia em Cabo Verde. Muda-se para Lisboa na infância onde realizou a maior parte da sua formação.

As suas primeiras experiências teatrais foram com o grupo de teatro universitário Miscutem, sendo na sequência disso que inicia a sua formação artística profissional em 2012, na ESTC. Artista multidisciplinar, desde 2015, participou como intérprete em vários projetos teatrais de encenadores nacionais, entre os quais se destacam Mário Coelho, Mónica Calle, Pedro Baptista, Rogério Carvalho e Sónia Baptista.

Em 2020, ganhou a Bolsa Amélia Rey Colaço para a criação do espetáculo “Aurora Negra”, em colaboração com as atrizes Isabél Zuaa e Nádia Yracema, com estreia na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II e digressão pelo país fora. Em 2022, o colectivo Aurora Negra apresentou a sua segunda criação, “Cosmos”, na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II. Em 2023, “Missão da Missão”, a terceira criação do coletivo, foi apresentada no Teatro do Bairro Alto.

Para além do seu trabalho em teatro, integrou também várias produções de cinema nacionais e internacionais, entre as quais destaca “Diamantino” de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, “Verão Danado” e “Entroncamento” de Pedro Cabeleira, “Terra Amarela” de Dinis Costa, “Nha Mila” de Denise Fernandes, “O Vento Assobiando nas Gruas” de Jean Waltz, entre outras.

O seu projeto de série “Love Me, Love Me” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

David J. Amado

 

Beneficiário do programa de apoio a projetos do Ministério da Cultura / GDA, o diretor-coréografo Jamaicano-Americano David J. Amado formou-se na Columbia University em Nova Iorque.

Os seus filmes “Velveteen” e “True Colors” foram apresentados em festivais de cinema como o Berlin Lift-Off Festival, Afropolitan (Bruxelas) e Mostra Ousmane Sembene de Cinema (Brasil), e, mais recentemente, foram transmitidos no canal de televisão RTP África, que levou os filmes diretamente para casa de pessoas em Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Cabo Verde.

Enquanto coreógrafo, tem como missão contar histórias de pessoas negras queer através do ballet. O seu trabalho situa-se na interseção das belas artes, o intelectual queer e o gueto.

Com uma herança multicultural e uma carreira que abrange três continentes, David J. Amado aborda o cinema e a coreografia com uma mentalidade diferenciada e inclusiva, onde o público tem a oportunidade de expandir as suas concepções no que toca à versatilidade do corpo negro, bem como à do ballet.

O seu projeto de longa-metragem “Taste” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Isabél Zuaa

 

Artista multidisciplinar. Nasceu em Lisboa e tem as suas origens na Guiné-Bissau e em Angola. Pesquisa dramaturgias onde pessoas negras são protagonistas e anfitriãs das suas próprias narrativas e experiências.

Tem as suas principais formações em interpretação no Chapitô, na Escola Superior de Teatro e Cinema – Ramo de Atores, e na UNIRIO no Rio de Janeiro.Desde de 2010 transita entre projetos de Teatro, Cinema, Televisão e Performance – no Brasil, em Portugal e Itália.

Em 2019, juntamente com as artistas Cleo Diára e Nádia Yracema, criam o coletivo Aurora Negra, que em 2020 estreou na Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II o espetáculo com o mesmo nome, “Aurora Negra”. Em 2022 estreiam “Cosmos” na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II e, em 2023, a “Missão da Missão” no Teatro do Bairro Alto. O coletivo criou também o Festival KILOMBO, em parceria com o Festival Alkantara, que teve a sua primeira edição em 2021 no Espaço Alkantara e a segunda edição em 2023 no Teatro São Luiz.

Conta com inúmeras premiações como Melhor Atriz nos festivais de Sitges, Festival de Gramado, Zinegoak, Los Angeles Brazilian Film Festival, entre outros, pelas suas participações em filmes como “A Viagem de Pedro”, de Laís Bodanzky, “Um Animal Amarelo” de Felipe Bragança, “As Boas Maneiras”, de Marco Dutra e Juliana Rojas, “Joaquim”, de Marcelo Gomes, “O Novelo”, de Cláudia Pinheiro, “Estamos todos na sarjeta, mas alguns de nós olham as estrelas”, de Sérgio Silva e João Marcos de Almeida, entre outros.Nos anos de 2021 e 2022 fez parte da PowerList Bantumen, como uma das 100 personalidades mais influentes da Lusofonia.

O seu projeto de série “Chica Té” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Lara Mesquita

 

Lara Vanessa Cossa Mesquita, Lisboa 1986.

Herda Moçambique por parte da mãe e a ilha do Pico por parte do pai. Cresceu no Barreiro, onde estudou ciências no ensino secundário. Frequentou os cursos de licenciatura em Psicologia (ISPA – 2005) e Direito (Universidade Lusíada de Lisboa – 2007/09). Em 2009 muda-se para Lisboa. No ano seguinte termina o curso de formação de actores da In Impetus.

É licenciada em Teatro – Ramo Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2016). Trabalha como actriz desde 2012. Destaca a colaboração no cinema com Tiago Guedes, no teatro com Luís Miguel Cintra, Griot e Rodrigo Francisco. Trabalhou no apoio à dramaturgia e criação com artistas como Flávia Gusmão, Rita Delgado e Daniel Moutinho.

Em 2021 estreou a sua primeira criação autoral “Sempre Que Acordo”. O texto homónimo que escreveu para este espectáculo valeu-lhe o Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina e foi publicado no mesmo ano pela editora Douda Correria.

É directora artística da PARROTRECORD, associação cultural que fundou em Abril de 2022.

Em 2024, “O Sonho”, peça de teatro que escreveu para integrar o livro “Cartografia da Dramaturgia Portuguesa – SUB 20”, foi publicada pela Edições Húmos.

O seu projeto de longa-metragem “Verão de 98” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Lila Tiago

 

Cantora, poeta, performer e ativista trans bicha, nascida e baseada em Lisboa. As suas origens familiares são da aldeia de Arrouquelas, no Ribatejo. Fez a licenciatura e o mestrado integrado em Psicologia Clínica Sistémica, que chegou a exercer, por um período de três anos, numa IPSS em Almada. Durante e após o curso, fez parte do grupo de teatro académico da faculdade por nove anos, tendo participado como atriz em oito peças de teatro, tendo escrito para três delas.

Em 2013, muda-se para Atenas ao abrigo de um projeto de voluntariado e trabalha dois anos e meio numa ONG pacifista e antirracista. De volta a Portugal, envolve-se em vários círculos ativistas (LGBTI, direitos humanos e cidadania, campanha pela mudança da lei da nacionalidade, etc.).

Em 2017, começa a fazer performances como Lila Fadista no bar Favela Lx, em Alfama. Uns meses depois, conhece João Caçador e criam, formalmente, o Fado Bicha, em que é vocalista, letrista e compositora. Desde então, fizeram mais de 250 concertos, em Portugal e no estrangeiro, participaram em peças de teatro (entre as quais, “Xtròrdinário” e “Casa Portuguesa”, ambas de Pedro Penim), em cinema (entre os quais “A mulher sem corpo”, de António Borges Correia), no Festival da Canção de 2022 e lançaram um álbum, OCUPAÇÃO, que figurou nas listas de melhores álbuns portugueses de 2022 da Blitz e do Público, entre outras. Lila Tiago desenvolveu também uma linha de pesquisa performativa com Alice Azevedo, com peças no TBA e na Companhia Olga Roriz, e continuou a criar e apresentar palestras e comunicações sobre questões LGBTI e artivismo.

O seu projeto de longa-metragem “Boa Hora” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.

Sol Duarte

 

Sol Duarte (ele/they) trabalhador artistico, antifascista, transmasculine da Linha de Sintra. Fez o curso de Cinema na Escola Secundária Artística António Arroio. Ganhou uma bolsa de mérito através da qual conseguiu integrar e completar a licenciatura de Cinema e Comunicação Multimédia na ULHT. Em 2021 integrou o Mestrado de Antropologia Visual na FCSH.

Começou o seu percurso artístico em 2019, no ciclo “Nasty Women”, onde apresentou a sua obra “Fufa de Merda”, um auto-retrato com base em insultos proferidos por outres, a si próprio. Em 2020 integrou o projeto “XConfessions” de Erika Lust com desenhos queer e kinky. Em 2021, apresentou uma instalação no ciclo “Rama em Flor”, que visava reivindicar a inclusão na lei de pessoas trans imigrantes e trans não binárias. Ainda neste ciclo, foi uma das pessoas convidadas para falar sobre trans healthcare – Manual para uma saúde trans independente.

Em 2022 realizou sozinho e de forma totalmente independente a sua primeira curta-metragem “they made me believe I was daddy’s girl when I was in fact momma’s boy” onde documentou o início da sua transição de género e explorou as expectativas de género que a sua família tinha para si. Este filme estreou em Espinho, no FEST, e tem vindo a circular noutros festivais, fazendo também parte de um arquivo digital de memória trans – “Otherness Archive”. No final do ano de 2022, apresentou a sua primeira performance em Ponta Delgada, Açores, na residência artística “Masmorra”, sobre a construção imaginária de um agricultor trans, a partir das memórias com os seus avós na aldeia. De 2017 a 2021 fez parte da Linha LGBT de apoio entre pares, onde prestava apoio a pessoas em situação de crise e solidão.

Faz trabalho ativo no movimento independente trans, onde, em conjunto com outras pessoas e coletivos organiza regularmente manifestações, ações de protesto e situações de apoio e ajuda à comunidade trans em Portugal.

O seu projeto de longa-metragem “O sítio onde os comboios dormem” foi um dos 8 selecionados para o programa de residências de escrita “Pitch Me!”, iniciativa da Academia Portuguesa de Cinema em parceria com a Netflix, e encontra-se atualmente na fase de desenvolvimento de argumento.